segunda-feira, 22 de junho de 2009

Tropicalismo

Foi um movimento essencialmente musical. Primeira grande manifestação popular de cultura no Brasil entre 1967 e 1968. O título “Tropicália” vem de uma exposição que o Hélio Oiticica fez no Rio de Janeiro. Nela, ele explorava clichês nacionais, com direito a araras de verdade, barracos, televisão ligada e chão coberto de areia. Quando surgiu a tropicália o Brasil vivia uma grande repressão política, era a força jovem contra o governo militar. O grupo da Jovem Guarda fazia letras “bobinhas” sem nenhuma interferência política, músicas vazias. O governo militar aproveitava dessa situação. Nessa época ninguém podia ir contra o governo, as idéias do capitalismo americano influenciaram muito o governo brasileiro. Com isso, artistas e intelectuais iniciam uma série de protestos contra os militares, fazendo com que várias pessoas começassem a desaparecer. Uma faze bastante obscura. Toda essa repressão fez a Tropicália acontecer da maneira que aconteceu. O Tropicalismo queria revolucionar as artes, a música, o cinema e a moda na década de 60. Nova arte de herança antropofágica e concretista.

Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais. s tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica.

Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional. Sincrético e inovador, aberto e incorporador, o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião. Sua atuação quebrou as rígidas barreiras que permaneciam no País. Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x vanguarda. Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a época. O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.

Principais artistas: Paulo Paes, Felipe Barbosa, Arnaldo Antunes, Lula Wanderley, Rafael Cardoso, Augusto de Campos, Luciano Figueiredo, Ferreira Goulart, Lenora de Barros, Waldemar Cordeiro, Maurício Castro.

Tropicalismo dita moda do alto verão da Totem

Totem colocou elementos do movimento tropicalista em produções que têm a cara do clima praiano. Os anos 70 foram vistos em pantalonas e no cós de cintura alta.

Como trilha sonora, os convidados tiveram mais um show ao vivo. Desta vez a voz ficou por conta de Junio Barreto, artista conhecido no underground por unir o samba com música regional nordestina a batidas eletrônicas.




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